Por João Paulo,
Olá amigo leitor, como vimos
na edição anterior, Jesus deixa sobre Pedro a missão de propagar sua igreja. Após
a separação dos apóstolos, a igreja se espalha por todo o oriente e ocidente e Pedro se torna o primeiro chefe da igreja.
Por volta dos séculos III, a igreja passa por uma serie de perseguições por
parte de imperadores e também havia algumas discordâncias sobre alguns temas religiosos, então
foram feitos alguns concílios separados, mas era preciso uma reunião com todos
os bispos de todas as províncias para a unificação plena da igreja.
Segundo uma tradição, o
imperador Constante I, em uma noite
antes de uma batalha, sonha com uma cruz e nela escrito ”sob este símbolo vencerás”. No dia seguinte, ele ordena que desenhassem
uma cruz em todos os escudos e capacetes dos soldados, que, conseguem uma vitória
esmagadora sobre o inimigo. Após este acontecimento, Constante I se converte e
dele que vem a ordem de um concilio que
envolvesse o maior número possível de bispos; a cidade escolhida foi Niceia por
ser de fácil acesso, dai a origem do nome Concilio de Niceia.
Este concílio aconteceu no
ano de 325 e não há um numero certo de participantes, mas, conta-se de 250 a
318 participantes, entre bispos, arcebispos, diáconos e acólitos. O Papa em
exercício na época era Silvestre I, o 33º papa na sucessão de Pedro, mas, ele não
compareceu a este concílio por motivos de saúde e por ser longe de Roma, mas enviou
representantes.
Os principais temas deste
Concílio foram à supremacia de Deus, sendo o Pai Eterno e Jesus seu filho, e
não os dois como uma única pessoa. A páscoa sendo celebrada no domingo. Também
foi exigido o fim das perseguições, e estabeleceu que o Bispo de Roma teria uma
autoridade especial sobre todos os outros devido sua ligação a São Pedro, e assinaram
a profissão de fé conhecida como “Credo
de Niceia”, que era como a seguir:
“Cremos
em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e
invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai,
unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por
quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós
homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem,
padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os
vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: 'existiu
quando não era' e 'antes que nascesse não era' e 'foi feito do nada', ou
àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância
diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja
anatematiza”.
Após o Concilio a igreja se expande e constrói
monumentos, até que no ano de 350 d.C, as
perseguições recomeçam. A frente da igreja estava Papa Júlio I, 35º papa, ele
decreta dia 25 de dezembro como nascimento de Jesus. O Papa Damaso I, 37º papa,
enfrentou batalhas em nome da igreja e ajustou relações civis e eclesiásticas
conseguindo o fim das perseguições. Também foi ele quem pediu a São Jerônimo Estridão
a revisão latina da Bíblia, conhecida como vulgata latina, sendo até hoje a
tradução mais usada no mundo, e foi o primeiro papa a usar o Anel do Pescador como símbolo de São Pedro.
Foi também nesse período que aconteceu
o Concílio de Constantinopla, no ano de 381. O principal tema: a divindade do
espirito santo, como terceira pessoa da santíssima trindade. Papa Siricio, 38º papa, foi o primeiro a
apoiar o celibato de sacerdotes e diáconos. Papa Anastácio I, 39º Papa , foi quem decretou que
os sacerdotes ficassem de pé durante o Evangelho. Papa Inocêncio, 40º papa, era
filho de Anastácio, foi primeiro caso de
filho substituir pai, já que nesta época os presbíteros podiam se casar. E foi
em seu pontificado que ficou pronto a tradução da Bíblia, no ano de 404. No ano
de 431 a igreja convoca seu terceiro concílio, um dos principais temas era a virgem
Maria, mas, esse será o assunto para nossa edição! Decolores!