sexta-feira, 13 de junho de 2014

Santo Antônio de Pádua

Por Tânia Castro,

O povo que vai ao Santo não vai, sem mais, em busca de milagres. Sobretudo não vai pedir milagres impossíveis ou coisas absurdas. O que pede são geralmente as coisas normais da vida: o alimento, a saúde, a casa e o casamento, um emprego bom com salário digno, a paz e harmonia na família, a ajuda para encontrar coisas perdidas ou superar situações difíceis; enfim, o milagre de uma vida normal, do jeito que Deus pensou e quer, mas que hoje está cada vez mais difícil. É este o maior milagre do santo e também o mais desejado de todos.


Antiquíssimo responsório de Santo Antônio
“Si quaeris miracula”:


Se milagres desejais
Contra os males e o demônio,
Recorrei a Santo Antônio,
E não falhareis jamais.

Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro e a morte,
Quem é fraco fica forte,
Mesmo o enfermo fica são.

Rompem-se as mais vis prisões,
Recupera-se o perdido,
Cede o mar embravecido
No maior dos furacões.

Penas mil e humanos ais
Se moderam, se retiram:
Isto digam os que viram,
Os paduanos e outros mais.



ALGUNS MILAGRES FEITOS POR SANTO ANTÔNIO


  • O Milagre da Bilocação (estar em dois lugares ao mesmo tempo)

No domingo de Páscoa enquanto pregava na Catedral, Santo Antônio lembrou-se de que fora designado para entoar a Aleluia na Missa que se celebrava naquele momento na Igreja do Convento Franciscano. Não querendo faltar com a obediência e não podendo descer do púlpito, parou um pouco, calou-se como se estivesse retomando a respiração e, nesse momento, foi milagrosamente visto no Coro de seu convento, entoando o Aleluia. Esse prodigioso milagre de bilocação foi assistido e certificado por muitas testemunhas, espalhando-se a notícia em todos os locais.


  • O Menino Jesus Aparece para o Santo

Certa vez, Santo Antônio precisou de alojamento em Pádua e um senhor nobre, da família dos Condes de camposampiero, teve a honra de o acolher em sua casa. Uma noite, vendo do lado de fora do quarto de Frei Antônio alguns raios de luz, aproximou-se e viu o Santo segurando nos braços um gracioso Menino que suavemente o acariciava.

Ficou cheio de espanto por tão extraordinária maravilha. Compreendeu que se tratava do Menino Jesus que se tornara visível ao Santo para recompensá-lo com celeste consolações pelas fadigas sofridas. Enquanto ainda observava, o Menino desapareceu. Saindo do extâse, Frei Antônio deixou o quarto e dirigiu-se ao dono da casa, dizendo que sabia que ele o havia observado durante a aparição. Pediu então com insistência que não revelasse o que tinha visto. O senhor cumpriu a palavra, somente revelando o fato depois da morte do Santo. A história o tocara profundamente e todas as vezes que relatava, não conseguia reter as lágrimas.

  • Casamento da Jovem

Conta-se que uma jovem muito linda, mas cansada de esperar por um noivo, já desesperada de encontrar marido, pediu ajuda a Santo Antônio. Adquiriu uma imagem do Santo, benzeu-a e todos os dias enfeitava-a com flores que colhia no jardim. Além disso, orava com regularidade para que Santo Antônio lhe arranjasse um noivo. Mas, passou-se muito tempo e o noivo não aparecia.

Certa vez, pôs-se a lamentar a ingratidão do Santo, chegando mesmo a ser repreendida pela mãe. E, desapontada, pegou a imagem e, no auge do desespero, atirou-a pela janela afora. Passava na rua, naquele momento, um jovem cavaleiro e a imagem o acertou na cabeça. Apanhou-a intacta e subiu a escada para devolvê-la. Quem o recebeu foi a formosa donzela. O cavaleiro apaixonou-se por ela e algum tempo depois casaram-se, naturalmente por milagre do Santo.


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